Cannabis Medicinal

Postado em 26 de novembro de 2021 por Natália Dourado

A cannabis é uma planta que vem ganhando cada vez mais espaço pelas suas propriedades terapêuticas, e vem trazendo esperança para muitas famílias. Mais porque essa planta é tão poderosa?

Todos nós, temos um sistema endocanabinoide. É possível que você nunca tenha ouvido falar desse sistema, mais ele existe e está atuando nesse momento para que você viva, assim como o seu sistema respiratório, cardiovascular, imunológico, etc.

O sistema endocabinoide é o “maestro da orquestra”, é ele o responsável pelo funcionamento correto de todos os outros sistemas, é ele que traz o equilíbrio. O desequilíbrio dele, pode desencadear o desequilíbrio de todos os outros sistemas e surgir uma patologia.

Diferente de todos os sistemas, ele só é acionado quando necessário, isso pode ocorrer em diferentes situações, dor, estresse, pânico, inflamação, etc. Quando isso acontece ele libera canabinoides naturais que o nosso próprio corpo produz, restabelecendo o equilíbrio (o canabinoide mais conhecido que o nosso próprio corpo produz, é a anandamida).

Em algumas patologias, como no Espectro do Autismo (TEA) por exemplo, existe uma deficiência nata desse sistema, onde a produção natural dos canabinoides é comprometida. Em outras doenças ou desequilíbrios, a demanda de produção dos canabinoides é acentuada, passando a não ser suficiente o que o corpo consegue produzir para manter o equilíbrio.

Trazendo para a nossa realidade, esses desequilíbrios são muito comuns, e é nesse momento que a cannabis entra. Ela possui substâncias fitocanabinoides, que são substâncias muito parecidas com os canabinoides naturais que o próprio corpo produz, assim trazendo de volta o equilíbrio.

Os fitocanabinoides são variáveis, mais de modo geral, são representados pelo CBD e  THC, que em conjunto agem como “hing hang”. Mais não é só isso que fazem da cannabis uma planta com alto teor terapêutico. Ela também é rica em terpenos, flavonoides, alcaloides, conhecidos como substâncias fitoterápicas e funcionais, que também exercem poder medicinal específicos, como antioxidantes, antifúngicos, antibacterianos, anti-inflamatórios, antidepressivos, etc. Todos esses compostos em conjunto, agem de forma sinérgica e exercem o que chamamos de efeito comitiva, trazendo assim um ação maior ao organismo, do que apenas uma substância isolada.

Por conter receptores canabinoides conhecidos como CB1 e CB2 no corpo inteiro, é possível tratar patologias diversas, com a mesma planta, como, acne, anorexia, ansiedade, alzheimer, artrite, artrose, asma, autismo, asperger, , câncer, colite ulcerosa, endometriose, enxaqueca, epilepsia, esclerose Múltipla, obesidade, doença do neurônio motor, esclerose lateral amiotrófica- ELA, fibromialgia, gastrite, glaucoma, HIV, dependência química, osteoporose, depressão, dermatite, diabetes mellitus, distonia de segawa, doença de crohn, dor neuropática, dores crônicas, insônia, lesões musculares, nevralgia do trigêmeo, paralisia cerebral, parkinson, psoriase, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), trazendo assim a homeostase.

É uma planta muito segura e sem efeitos colaterais em 98% dos casos, e em 2% que pode existir esses efeitos, são efeitos que não comprometem a saúde, como sono acentuado ou hiperatividade aumentada, o que não acontece com a grande maioria dos alopáticos, que trazem danos normalmente graves. De qualquer forma, nesses casos, o uso deve ser interrompido.

Sem dúvida, de acordo com a minha experiência, vale a pena apostar nessa terapia, diante de tantas evidências e relatos, mesmo ainda sendo algo tão polêmico, é um caminho sem volta, uma questão de tempo para que todos possam ter acesso fácil a um custo acessível, podendo até mesmo ser plantada no seu quintal. Cannabis salva vidas e isso é incontestável!

A briga é longa, mais a causa é linda!